domingo, 27 de outubro de 2013

Anjinhos... e tanto!



A melhor equipa em campo ganhou. O Futebol Clube do Porto era favorito, e fez jus a essa condição. Não restam dúvidas. Os azuis e brancos apresentaram uma equipa experiente, lutadora e agressiva, activa em todos os lances disputados.
O Sporting tentou, mas ficou-se pela atitude contrária. Uma equipa jovem e imatura, que apresentou uma faceta demasiado passiva fazendo lembrar o jogo contra o Rio Ave em Alvalade. 

Mas há mais para se dizer sobre este jogo, que a simples atitude. Ora vejamos:

Bruno de Carvalho procurou sacudir a pressão toda do clássico para os seus ombros, mas tanto o fez, que acabou por aliviar demasiado os jogadores. Pinto da Costa usou a experiência que a idade lhe trouxe e procurou não falar muito à comunicação social. 

Os centrais do Sporting tiveram abaixo daquilo que realmente podem fazer, e Maurício inclusive fez uma falta que originou a grande penalidade num lance em que a bola iria sair e seria pontapé de baliza para Rui Patrício.  Jackson Martinez foi uma constante dor de cabeça para os leões, mas a fraca exibição de Rojo e do seu colega brasileiro contribuíram para que tal ocorresse. A inexperiência dos verde e brancos foi determinante, e não deram uso às faltas para parar contra-ataques, como o Porto o fez (já tinha sido cometido o mesmo erro contra o Benfica, em Alvalade, no golo de Markovic). 

O meio campo do Sporting foi anulado pela omnipresença de Fernando, e André Martins e Adrien nada conseguiram fazer. Um William Carvalho digno da selecção principal bem tentou remar contra a maré, mas a corrente azul e branca era mais forte. Carrillo e Wilson primeiro, e Capel e Magrão depois, foram vitimas da qualidade de Danilo e Alex Sandro. 

Fredy Montero batalhou e fez o jogo que a solidão a que foi sujeito lhe permitiu. 

O Porto mereceu a vitória, mas não por ter realizado um jogo brilhante. O Sporting não soube gerir as expectativas de um grande jogo, e isso saiu caro para a turma de Jardim. 

Um jogo não muda a boa campanha dos homens de Alvalade, e não deixa de ser verdade que o Sporting, ainda que lute sempre pela vitória, não tem este ano a pressão de lutar pelo campeonato.  O 2º lugar é neste momento partilhado pelos rivais da 2ª circular, a 5 pontos da liderança ocupada pelo rival do norte. 

Mas o Sporting pode contar com o calendário, e com o facto de já ter jogado com todos os rivais directos. Benfica, Porto e Braga ainda têm de jogar entre si, ao que em Alvalade já se colocou um visto nesses jogos, na 1ª ronda do campeonato. 

O campeonato está renhido, a luta está acesa, e os fãs do futebol em Portugal agradecem. 

PS: Nota para os tristes episódios de violência entre claques, e entre claques e forças de intervenção, que apenas mancham o espectáculo. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Antevisão do Clássico

O jogo grande da 8ª jornada da Liga Zon Sagres é, indubitavelmente, o duelo que opõe Leões e Dragões, na Invicta. Um bom jogo em perspectiva, tendo em conta o momento actual das equipas, com um Sporting em crescendo (e que promete preocupar mais que em anos transactos) e um Porto irregular e que demora em mostrar competência.

                Certa deve ser a ausência do pequeno Quintero, fruto de uma lesão muscular, e que em nada abona em favor dos azuis e brancos. Um elemento importante que poderia desbloquear algumas situações no jogo de domingo a favor dos comandados de Paulo Fonseca: drible, técnica, imprevisibilidade e faro de golo são apenas algumas das características do colombiano. De regresso está Jefferson, o lateral esquerdo está recuperado da lesão que o afastou dos últimos jogos da turma de Jardim, e deve ser aposta na esquerda da defesa leonina. O brasileiro tem vindo a fazer um excelente campeonato e tem sido uma das principais figuras deste Sporting 2013/2014.

                Em campo vão estar frente a frente os dois primeiros classificados do campeonato, assim como os dois melhores marcadores da Liga: os colombianos Freddy Montero (9 golos) e Jackson Martinez (7 tentos). Os dois avançados são as principais ameaças às balizas de Helton e Ruí Patrício.
                 Para tornar ainda mais escaldante o clássico deste Domingo, o ambiente vivido entre os clubes (outrora pacífico) tem vindo a aquecer com provocações entre os presidentes e claques. Para o bem do futebol, esperemos que não aqueça em demasia.


                Se o Sporting não sair vergado do Dragão, ficará, no máximo, a dois pontos de distância dos tri-campeões nacionais. Isto a meio da 1ª volta e depois de ter jogado com Benfica, Sporting de Braga e Porto, tendo estes de jogar entre si. É verdade que o Sporting tem a vantagem de não ter cansaço acumulado e o ascendente psicológico da vitória frente ao modesto Alba, mas o Futebol Clube do Porto não perde em casa há praticamente 5 anos em jogos a contar para o campeonato português (mais precisamente, 25 de Outubro de 2008 quando perdeu 2-3 com o Leixões). Mas é futebol, e quando a bola começa a rolar, só os golos contam quando soa o apito final.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bola de Ouro: prémio para o desempenho individual ou colectivo?

Aquando da entrega do prémio individual mais prestigiado da actualidade futebolística, reina o sentimento de injustiça para uns, o de jubilo para outros e a frustração para os demais. Nos últimos 4 anos, reinou o a alegria de Messi em detrimento da desilusão de Iniesta, Sneijder e em particular de Cristiano Ronaldo.

Quem não se recorda da época de 2009/2010? Do Inter de Mourinho? Do incrível Sneijder que tudo ganhou pelo colosso italiano, que ajudou a sua selecção a conquistar o segundo lugar no Mundial Sul Africano e que nem nos 3 finalistas para a Bola de Ouro mereceu estar?
Existem demasiadas variáveis pelo meio para serem definidos critérios que apazigúem o mundo futebolístico. Os dois melhores jogadores, os dois extraterrestres, os dois jogadores que pulverizam recordes constantemente, estão identificados. O trono é partilhado, indubitavelmente, por  Ronaldo e Messi. Contudo, nem só de individualidades se faz o desporto rei.

Se Sneijder não ganhou, por que razão há de ganhar agora Ribery?  Mesmo tendo o Bayern de Munique vencido taça da Alemanha, campeonato e liga dos campeões o francês nem sempre foi o mais decisivo. Lembro que o pequeno génio bávaro não marcou um único golo na fase a eliminar da competição milionária. Robben, Muller ou Mandzukic foram bem mais produtivos (mais de 2 golos cada um). Se me perguntarem se Sneijder merecia? Sim. Se Ribery merece? Talvez.

A questão é dúbia e o prémio já foi mais prestigiado. Os jogadores repetem-se ano após outro e o prémio acaba… no armário de Messi. Com o prémio da France Football era mais fácil ser justo e distribuir o fruto por dois intervenientes.

Se Messi é melhor que Ronaldo, se a técnica supera a força, se o talento supera o trabalho ou se o dom supera a superação, não sei. Nunca vamos saber. Mas permitam-me concluir com o seguinte: será uma para quatro (número de bolas de ouro de Ronaldo e Messi, respectivamente) a verdadeira diferença entre os melhores da actualidade? Não me parece.


Rafael Maçãs

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cansado de teimosias


     Juro que me fez confusão. 

    Adormeci ontem à noite a tentar perceber as opções do Paulo Bento, mas não consegui. Há coisas que, talvez por ser jovem, ainda me fazem confusão no futebol. E as várias escolhas do seleccionador nacional nos últimos tempos são exemplo disso. 
  
   Tudo começou quando Raul Meireles se lesionou. Custódio? Nem parece que William Carvalho tem estado numa excelente forma e é visto como um dos futuros pilares da selecção. "Está num excelente momento de forma nos sub-21 e não vale a pena queimar etapas", foi a justificação do seleccionador. Talvez esteja no hora de alguém dizer ao Paulinho que a selecção principal é mais importante, e corria risco de nem ir ao play-off de apuramento para o Mundial no Brasil. 
   
   A lesão de João Pereira abriu as portas a André Almeida e a Cédric Soares. Tudo certo, não fosse o facto de o seleccionador apostar num médio adaptado (não me interpretem mal, acredito que pode estar ali um senhor lateral) em detrimento de um lateral de raiz, e que é visto por todos como o futuro titular indiscutível da equipa das quinas. Como se não bastasse a titularidade de André Almeida frente a Israel, e o péssimo jogo que fez, Paulo Bento voltou a "bater na mesma tecla" contra o Luxemburgo, e mais uma vez se verificou uma má exibição do lateral/médio do Benfica. Agora pergunto: Que é feito ao "não queimar etapas?" . Se André Almeida tem que ter espaço para crescer no Benfica, não pode ser lançado aos lobos, numa posição que não é a sua, num momento tão importante para a selecção. Se calhar Paulo Bento esqueceu-se dos amigáveis... 
   
    Rúben Micael teve uma péssima exibição contra Israel, ao que Paulo Bento respondeu com Josué. E se concordei com esta opção do nosso Paulinho, não percebi a escolha de Rúben Micael desde o principio, com Adrien ou André Martins a ficar de fora. 

    No apoio ao ponta de lança, e uma vez que o nosso capitão estava indisponível (devido a uma atitude infantil, há que dizê-lo), Paulo Bento decidiu apostar em Varela e Nani. Ninguém diria que precisávamos de marcar golos, e que ficámos com Bruma no banco e Ivan Cavaleiro nos sub-21. Mais, Licá ficou de fora, e Josué podia fazer a posição a que está habituado no Porto, colocando os dois médios do Sporting (Adrien ou André Martins) no meio-campo. Nani é de facto titular indiscutível, mas Varela não só não tem jogado, como na minha humilde opinião não tem qualidade para a selecção nacional portuguesa. Mas chiuuu, o Paulo Bento está tranquilo. 

    Na frente de ataque, e contra a critica dos portugueses, acredito que Postiga é o titular, provando que merece pelos 6 golos que marcou na fase de qualificação. Não percebo no entanto a aposta em Hugo Almeida, com Nelson Oliveira no banco e em boa forma em França, e Éder que com o pouco que fez já mostrou ser muito melhor que Hugo Almeida. 

   Para finalizar, não consigo compreender o discurso do seleccionador, pouco ambicioso e de quem se contenta com pouco. Ah, mas espera! Quando acabou a fase de qualificação lembrou-se que devíamos ter feito mais. Quase que foste a tempo, Paulinho! 

    Sinceramente, estou um bocado cansado de teimosias, e de lugares cativos na selecção. Está na altura de uma nova geração de jogadores entrar na selecção, e talvez a limpeza tenha que se aplicar também ao treinador. Mas o Paulinho é que sabe. Ou pelos vistos não! 

   Juro, há coisas que me fazem confusão...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Regresso do 1



Desde 28 de Março de 2012 que o United Center chora pelo regresso do 1. O processo de reabilitação de Derrick Rose foi demorado, moroso, exaustivo. O período de recuperação alongou-se (muito) mais do que o previsto e deixou todos os fans dos Bulls (e, permitam-me, de basquetebol) a salivar pelo “#thereturn”

Devo admitir que, como adepto dos Bulls e idólatra de Rose, desesperei. A equipa precisava dele - mesmo sem esquecer que o colectivo esteve muito bem e compensou de forma surpreendente a sua ausência. Não havia um go-to-guy. Não estava lá o nosso MVP e vimo-nos obrigados a recorrer ao Nate Robinson em situações de aperto no quarto período, mesmo durante os Playoffs. Sentia, pessoalmente, saudades das jogadas de penetração, dos arranques, dos piques, dos and-one quase irreais, no meio de 3 torres no garrafão. Ainda assim, percebi a decisão. Mais do que recuperar o joelho, a prolongada paragem deveu-se à recuperação mental. A coragem necessária para as jogadas características do Derrick extrai muita energia para um joelho que não esteja a 100%... E não existirá se não houver a confiança total de que o mesmo está a 110%. Enquanto jogador, ele sentiu necessidade de parar durante mais tempo. A equipa apoiou-o. O treinador e a estrutura também. Seria, de resto, impossível não o fazer quando se trata de alguém que disse, quando não passava de um miúdo para o resto da liga, “Why can’t I be the MVP of the league? Why can’t I be the best player in the league? I don’t see why... Why? Why can’t I do that?”.

Depois de ter passado quase um ano da suposta data em que Rose voltaria, as coisas ainda não estão completamente claras. Ainda não há certezas acerca do futuro, ainda não podemos afirmar que não vai haver uma recaída (a ausência no jogo contra os Wizards no Brasil traz algum receio...), mas uma coisa é certa: no próximo dia 29, a regular season da NBA vai começar e desta vez ele vai mesmo – esperamos nós – estar presente. Os Bulls voltam a ter o seu MVP, o seu playmaker, o seu go-to-guy. Mais do que isso, voltam a ter a força mental que o facto de ter o 1 em campo acarreta consigo. Mesmo com as saídas de Nate e Belinelli e com o fantasma de um SG a pairar em Chicago, os horizontes alargam-se. Não digo que sejamos candidatos directos ao título: mesmo olhando só para a Conferência Este, os rosters de equipas como Indiana, New York ou Brooklyn são assustadores e, mesmo que os ultrapassemos, encontraremos quase certamente os todo-poderosos Heat... Mas agora há esperança. Agora temos o 1 de volta.

domingo, 13 de outubro de 2013

O D. Sebastião de Alvalade

Sou do Sporting. Não tenho problemas em admiti-lo , nem num blog de opinião desportiva . Sou do Sporting , e nunca farei questão de o esconder perante ninguém . Sempre tentei ser imparcial nas análises que faço ao futebol praticado no nosso país , razão pela qual nao quero esconder o facto de que sou do Sporting . E sendo este o meu primeiro texto neste blog , decidi inaugurar este espaço de escrita online falando de um dos meus grandes amores : o Sporting Clube de Portugal . Há cerca de um ano atrás (já este blog andava a ser planeado) escrevi um texto como que em jeito de despedida do caminho que o clube de Alvalade percorreu durante 10 anos . Entendi que os ideais dos leões já não correspondiam aos apresentados no lema oficial: esforço , dedicação , devoção e glória ; e como tal , decidi que não iria despender mais tempo nem dinheiro a apoiar atletas que não suavam a camisola e a encher o bolso a dirigentes que baseavam o seu dia-a-dia em tachos e comissões exorbitantes . Não tive coragem , no entanto . Continuei a pagar quotas de sócio , continuei a utilizar o meu lugar anual e continuei a sofrer nas derrotas e a sorrir nas vitórias , pois o amor por um clube não se explica , nem se controla . Vive-se , e aproveita-se cada segundo . O problema estava na quantidade de vezes que sofria , e no facto de não serem compensadas pela quantidade de vezes que saía a sorrir . Mas tudo mudou no dia 27 de Março , quando Bruno de Carvalho foi eleito o 42º presidente do Sporting , aparecendo como D. Sebastião numa manhã de nevoeiro , para salvar os destinos da nação verde e branca . Valorizaram-se jogadores , recuperaram-se passes e encheram-se estádios . Aumentaram as receitas e diminuíram os custos . Dispensaram-se os "activos" da era Godinho Lopes , e finalmente (!) apostou-se na formação . Renovaram-se contractos, baixaram-se salários e colocaram-se prémios de produtividade . Mas mais que tudo isto , viu-se uma diferença na mentalidade , na força e na vontade . Assistimos ao nascimento de uma figura autoritária e que defende os interesses do clube . Os jogadores suam a camisola , e lutam pela equipa . A cereja no topo do bolo prende-se pela idade quer do presidente , quer da equipa técnica , quer do plantel , que augura um excelente futuro à turma de Alvalade . E tudo isso é de extrema importância , não só para a sobrevivência dos verde e brancos , como para a competitividade do campeonato português . Manter uma equipa grande como o Sporting , e assistir ao crescimento de equipas como o Braga , o Estoril , o Guimarães e o Marítimo só pode resultar no aumento da qualidade do futebol do nosso país . Enquanto adepto de futebol , resta-me ficar feliz pelo crescimento do nosso campeonato . Enquanto adepto do Sporting , agradeço a Bruno de Carvalho pelo trabalho desenvolvido e faço votos de que continue com a competência já demonstrada .

sábado, 12 de outubro de 2013

Pode o ranking ser injusto?

Para os leitores menos familiarizados com a modalidade, os rankings do ténis têm uma característica bastante peculiar. Tanto no sector masculino (ATP) como no sector feminino (WTA) os jogadores são obrigados a defender os pontos conquistados no ano transacto. Tomemos como exemplo o tenista sérvio Novak Djokovic: venceu o Open da Austrália de 2013 e foram-lhe atribuídos 2000 pontos. Se na próxima edição do mesmo torneio chegar, imaginemos, à final e perder (finalista vencido recebe 1200 pontos) são lhe retirados 800 pontos (2000-1200).

Os defensores deste sistema de pontuação alegam o incremento da competitividade e da qualidade dos torneios, porque obriga os jogadores mais cotados a jogarem mais torneios sob pena de não perderem pontos e descerem no ranking.

Contudo, este sistema dá azo a situações um pouco estranhas e que causam espécie no seio dos jogadores e do público. Decoria o ano de 2011, e jogava-se o terceiro Grand Slam da temporada – Wimbledon. A final do mesmo seria disputada pelo então (e actual) nº1 do ranking ATP Rafael Nadal e o então 2º classificado Novak Djokovic. No entanto, e fruto do sistema de pontuação em vigor, mesmo em caso de derrota de Nole, Rafa iria perder a liderança do Ranking – o sérvio havia sido semi-finalista na edição de 2010 e por isso os pontos que assegurara com a passagem à final eram suficientes mesmo que o espanhol fosse bem sucedido na defesa do troféu (Nadal venceu o torneio inglês em 2010).
Situação parecida se vive actualmente. Rafa Nadal passou a segunda metade da época de 2012 sem competir devido a uma lesão crónica nos joelhos. Não competiu, não amealhou pontos e não os tem de defender este ano.  Não pode perder pontos, só os pode somar. Isso levou-o ao topo do ranking ATP apesar de Novak Djokovic, antigo número um mundial, ter mantido uma regularidade considerável a nível de resultados.

Talvez não haja um sistema totalmente justo, mas tenho dúvidas que este se aproxime da perfeição.

Concorda com este sistema de pontuação? Será o mais justo?


Rafael Maçãs

Canarinho(s) com asas para voar

Há muito tempo que a relva do António Coimbra da Mota não via tão bom futebol passar-lhe por cima durante tanto tempo consecutivo. E se, para os que apenas acompanham o clube da Linha de Cascais desde que o timoneiro Marco Silva pegou num grupo de jogadores que se encontrava no fundo da tabela da Liga Orangina é uma surpresa o trajecto que esta equipa tem realizado; para os estorilistas, orgulho e emoção não são suficientes para descrever o que nos vai na alma quando vemos hoje uma equipa, no verdadeiro sentido da palavra, a praticar um futebol “grande”, conduzida ao sucesso por um senhor que é hoje respeitado e reconhecido como um dos próximos bons treinadores portugueses.
 Aos mais cépticos, que afirmam que Marco Silva pode não estar preparado para treinar um Benfica, digo-lhes que concordo quando dizem que existem diferenças abismais entre treinar o meu Estoril Praia e um dito “grande” de Portugal. Mas a confiança q.b, a serenidade com que orienta os seus pupilos, a forma como fala perante a comunicação social, e a capacidade demonstrada de reinventar uma equipa que perdeu muitas das suas pedras basilares da época transacta, sem nunca perder a sua filosofia de jogo; faz-me acreditar veemente que o ex-capitão, o ex-director desportivo, pode num futuro próximo, para meu infortúnio e de toda uma massa associativa azul e amarela, ser o ex-treinador do Grupo Desportivo Estoril Praia.
Até lá, que continue a viver o nosso clube como sempre viveu, com garra e apreço pelo que aquele símbolo representa. Uma instituição que se reergueu após praticamente ter batido no fundo, que hoje vê o seu nome na Sporttv às quintas-feiras, a batalhar num estádio europeu a muitos quilómetros da sua Amoreira. E que às sextas, sábados, domingos ou segundas, eu me possa continuar a arrepiar quando vejo amigos sportinguistas e benfiquistas a sentirem comigo o cheiro do nosso velho estádio, e a identificarem-se com o clube que cresceu comigo e que fará sempre o meu coração bater mais rápido. E se isto acontece é porque crescemos… E se crescemos, deixem-nos voar até onde conseguirmos.

Candidatos ou talvez não

Repetidamente ouvimos falar da nossa selecção como candidata a isto e àquilo. Mas será essa a realidade do nosso futebol? Sobejamente conhecida como “a selecção do Ronaldo”, esta equipa de candidata tem muito pouco. Só mesmo nas bocas dos adeptos e no ranking da FIFA (agora já nem isso). O futebol é mau, pouco atractivo, as escolhas são dúbias e as dúvidas permanecem. Ronaldo é um fenómeno, é sabido. Mas tem dias maus e mesmo que, ocasionalmente, fruto das suas performances, dê algum brilho a uma equipa sem cor, é manifestamente pouco.
Candidatos são selecções como a Holanda, a Alemanha e a Bélgica (para não falar de Rússia ou Inglaterra) que mesmo com passagem garantida, jogam, ganham e convencem. A equipa das quinas, obrigada a ganhar para acalentar esperanças de passagem directa à fase final do Mundial ’14, exibe-se a um nível medíocre.
Numa selecção onde proliferam os lugares cativos, que destroem a ambição de uns e relaxam outros, e as convocatórias por favor, a salvação está outra vez no playoff. É um crime jogadores como Ronaldo ou Moutinho falharem um Mundial, mas, e até ver, é um merecido desfecho, e porventura uma lição, para a Selecção Nacional, que nada fez para justificar marcar presença na maior competição de selecções do mundo. Note-se, competindo num dos grupos mais fracos de apuramento.

 Algo tem de mudar, porque um candidato não se esconde, mostra-se.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Carta aberta aos seguidores d'Bola Parada

Sejam Bem-vindos ao nosso blog!

Serve o presente texto introdutório para vos dar a conhecer os trâmites do nosso projecto. Projecto esse que assenta em bases de respeito, honestidade e opiniões devidamente fundamentadas. Reiteramos o facto de cada artigo representar a opinião exclusiva do colaborador que o assina, não sendo sujeito a quaisquer censuras por parte dos outros colaboradores. Cada um é responsável pelo texto expresso.

Somos um grupo de estudantes universitários que frequentam o curso de Ciências da Comunicação, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP -, apaixonados pelo desporto nas suas mais variadas valências, assim como pela escrita e artigos de opinião. Paixão essa que se espelha através do passado desportivo de cada um dos intervenientes, sendo que todos nós fomos/somos atletas a nível federado.

O orgulho que sentimos enquanto fervorosos apaixonados pelo desporto tratará de expor textos de opinião com uma base regular, e tudo faremos enquanto responsáveis pelo blog para que este funcione com harmonia e respeito.

Esperamos contar com o vosso apoio nesta nossa causa, tanto como a paixão que todos nós partilhamos pela beleza do desporto!

Até breve.

Rafael Maçãs
Manel Pontinha
João André
Bernardo Bento
Hugo Carvalho