quarta-feira, 2 de abril de 2014

Més que un club?



   Não é segredo para ninguém que o Barcelona de Guardiola é uma das melhores equipas da história do futebol. Sob a orientação do treinador espanhol, e comandados por Lionel Messi, o conjunto «blaugrana» criou um novo estilo de jogo, e assumiu-se como forte candidato ao título de melhor equipa de sempre.
Durante 4 anos o Barcelona ganhou tudo o que havia para ganhar, bateu recordes colectivos e viu os seus jogadores baterem recordes individuais. Criaram as bases para a selecção espanhola ter o sucesso que teve, com a incontornável presença de jogadores como Piqué, Puyol, Xavi, Iniesta, David Villa, Cesc Fábregas, Pedro Rodríguez, entre outros.

   No entanto, ano após ano surgiram polémicas, fosse de arbitragens, fosse em irregularidades nas transferências, fosse em escândalos presidenciais. O Barcelona era intocável dentro do campo, mas tornou-se vulnerável fora do mesmo.
O "verniz estalou" quando o craque brasileiro Neymar se transferiu do Santos para a Catalunha.
Sandro Rosell, presidente do clube espanhol responsável por esta transferência, foi acusado pelo juíz Pablo Ruz de apropriação indevida de fundos, e acabou por se demitir como forma de protecção do clube.

   Apesar da sua demissão, o rótulo estava colocado, e o clube «ché» foi alvo de uma investigação levada a cabo pela Comissão Disciplinar da FIFA. A transferência do brasileiro acabou por se revelar decisiva para o início desta investigação, que acabou por se concluir durante o dia de hoje. O clube catalão foi considerado culpado de irregularidades nas transferências de jogadores internacionais e de jogadores nacionais com menos de 18 anos.

   A FIFA, pela voz da sua CD, castigou o Barcelona activando um embargo de transferências que durará durante o Verão de 2014 e o mês de Janeiro de 2015. Ou seja, o Barcelona só poderá fazer entrar jogadores no seu plantel principal, oriundos de outros clubes, no Verão de 2015.

   Isto levanta bastante preocupação entre os responsáveis catalães, uma vez que Valdés acaba contrato (e já afirmou publicamente que irá sair), Puyol irá possivelmente acabar a carreira, Xavi já não caminha para novo, e Daniel Alves, Alexis Sanchéz e Alex Song iriam ser vendidos para equilibrar as finanças.
Por outro lado, em que pé ficam as transferências de Ter Stegen e Halilovic?

   A questão que gostaria de deixar para os nosso leitores é a seguinte:

   Se Borussia de Dortmund, Bayern de Munique, Manchester City, Chelsea e PSG (clubes mais ricos da Europa) conseguem ter a capacidade de construir plantéis com tamanha qualidade e ainda assim manterem as suas contas todas certas cumprindo com as normas do Fair-Play financeiro da UEFA, o que levou o Barcelona a seguir este caminho? E o Real Madrid, poderá seguir o mesmo caminho dos «culés»?